O avanço das tecnologias de fronteira (IA, bioengenharia, computação quântica, conectividade 5G/6G, energia limpa, realidade imersiva etc.) cria uma oportunidade sem precedentes. Porém, o maior obstáculo não é técnico, mas humano: a falta de profissionais qualificados.
O cenário atual
- 80% das empresas já usam IA e mais de 90% pretendem ampliar investimentos.
- Vagas em IA agêntica cresceram quase 1.000% em um ano.
- Lacunas de habilidades impactam IA, ciência de dados, IoT, DevOps, energia limpa e sustentabilidade.
- Setores críticos, como transição energética, podem desacelerar por falta de talentos.
Três caminhos para enfrentar o gargalo
Requalificação em escala
- Treinar a força de trabalho atual, criando jornadas de aprendizagem personalizadas e centros de habilidades.
- Exemplo: empresas criando academias próprias (como a de bombas de calor na Alemanha).
Novos modelos de talento
- Equipes distribuídas globalmente e recrutamento por habilidades, não apenas credenciais.
- Uso da própria IA para liberar pessoas de tarefas repetitivas.
- Demanda também por funções técnicas de apoio (eletricistas, construtores, instaladores).
Talento como estratégia corporativa
- O plano de contratações deve estar diretamente ligado ao roadmap de produtos.
- O tema não é só de RH — precisa ser prioridade da alta gestão.
- Empresas que adotaram programas estruturados de capacitação relataram melhor execução da estratégia e maior satisfação dos colaboradores.
Conclusão
O futuro das tecnologias emergentes dependerá menos do avanço técnico e mais da capacidade de formar e mobilizar talentos. As empresas que conseguirem criar times adaptáveis, interdisciplinares e inspirados serão as que transformarão promessas em realidade.